quinta-feira, 17 de julho de 2014

JAC J3 TURIN S, O BONZINHO QUE QUER SER MAU



Há exatos 2 anos o RACIONAUTO colocava na estrada a primeira versão do JAC J3 Turin. Naquele julho enfrentamos todo tipo de estrada durante quase 1 mês, com asfalto bom, ruim ou ausente, e com o carro vazio ou totalmente carregado. A impressão que ficou foi a de um carro bem acertado, com destaque para a suspensão confortável, porém robusta, e com nível superior de equipamentos em relação à concorrência, apesar de alguns problemas de acabamento e ergonomia. A cor branca do modelo testado ilustrou bem seu jeito pacato, com desempenho adequado em condução normal mas carente de atenção em ultrapassagens, especialmente quando carregado.


O J3 Turin compareceu novamente ao desafio na versão S 1.5 JetFlex. Mostrando evolução no que se vê - design externo (menos) e interno (bem mais) - e no que se sente - o motor 1.5 flex de 127 cv no lugar do 1.3 a gasolina de 108 trouxe desempenho geral bem melhor -, ele veio vestido de preto, como se quisesse parecer mau: os detalhes vermelhos no volante, bancos e mostradores, mais o padrão alumínio no painel e nos pedais, só acentuam a intenção de esportividade.

De esportivo, porém, ele não tem nada. A óbvia intenção da JAC, antes de querer torná-lo um esportivo de fato, foi aproximá-lo de uma concorrência que tem renovado seu portifólio rapidamente: ainda que perca de todos no quesito espaço, o J3 Turin S já se mostra mais adequado a uma condução mais dinâmica tanto na cidade quanto na estrada, além de ter ficado mais silencioso e ter adotado um layout interno bem mais equilibrado e bonito.


Na primeira etapa desta avaliação rodamos alguns dias pela região de Campinas (SP) e repetimos um trajeto comum a vários outros carros testados pelo blog, seguindo até a cidade de Anápolis (GO). Até agora o JAC J3 Turin S JetFlex rodou quase 1.300 quilômetros, a maior parte do tempo com porta-malas lotado e 3 ocupantes - motorista e 2 crianças. Tamanha é a regularidade do carro que não fosse seu comportamento mais "nervosinho", especialmente em ultrapassagens, o teste estaria muito mais monótono. O consumo está moderado, em torno dos 10 km/l de etanol - mas vai melhorar. O pé pesou um pouco na primeira viagem.

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