sexta-feira, 10 de julho de 2015

MANUAL DE COMPRA - DODGE JOURNEY


Por Pedro Ivo Faro


Há cerca de uma década, um segmento novo de veículo começou a surgir: os crossovers. Veículos que reúnem características de várias carrocerias diferentes, eles atendem bem pais de família que querem, por exemplo, a desenvoltura de um SUV, mas o espaço e a conveniência de uma Minivan. Nesse nicho de veículo há um representante e tanto: o Dodge Journey. O crossover, presente no nosso mercado desde 2008, cativa pela oferta de itens e pelo espaço interno.


AMERICANO SEGURO

Como bom americano, o que não falta no Journey são itens para conveniência para sete pessoas. Vários porta-objetos, saídas de ar-condicionado, luzes de leitura e tomadas de 12 V. Na segurança também se mantém o padrão: os seis airbags garantiram cinco estrelas nos crash tests. E mais: ABS, controle de estabilidade e tração, sistema anticapotamento e Isofix. 

HAJA EQUIPAMENTO!

Além de já ser bem-equipado logo no lançamento, em 2010 ele ganhou ainda mais itens: câmera de ré na central multimídia MyGIG, com DVD e memória interna de 20 GB. Havia ainda computador de bordo e banco traseiro com assento elevado (booster) para crianças. E na versão R/T, mais equipada, ainda havia maçanetas e rack de teto cromados, rodas aro 19, teto solar, bancos de couro e MyGIG de 30 GB. 

DIFERENCIADO

A chegada do “irmão” Fiat Freemont, em 2011, deixou o Jouyrney ainda mais distinto: veio uma leve reestlização, além de mais motor e itens de série. Vieram um para-choque mais agressivo, com grade maior. Na traseira, lanternas de leds e duplo escape. Por dentro, um novo painel e melhor acabamento. 


DOIS CORAÇÕES

Inicialmente o Journey veio com um motor 2.7 V6 de 185 cv acoplado a um câmbio de seis marchas. O desempenho não era tão empolgante (0 a 100 km/h em 12,1 segundos), mas o sopro de vida veio a partir de 2012, com o 3.6 V6. Com 280 cv, o 0-100 km/h se dava em 8 segundos. E, para quem quisesse mais estabilidade além da suspensão independente, em 2014 veio a versão AWD, com tração 4x4.

FIQUE DE OLHO!

Apesar de ter só 46 concessionárias no país, é comum o que as peças do Freemont tenham para pronta-entrega. E a fama dele não é de “quebrão”. Mas, atente a alguns detalhes:
- Evite a versão SE, que era vendida antes da chegada do Freemont:  ela só leva cinco pessoas e usa rodas aro 16.
- Olhe os discos de freios, que foram até alvo de recall. o problema crônico de trepidação ao frear é causado por empenamento precoce dos discos. Peça o reparo na rede autorizada, caso o carro ainda esteja na garantia.
- No arrefecimento, confira se o vaso de expansão do radiador tem trincas e rachaduras, que permitem a perda do líquido de arrefecimento. Isso pode causar severos danos por superaquecimento. Por via das dúvidas, pode ser até melhor trocar logo após a aquisição.
- Veja se há vibrações em marcha lenta e também com o veículo parado e câmbio engrenado. Isso é sinal de coxins rompidos, que servem de ponto de apoio para motor e câmbio.
- Por ser pesado, cheque buchas, batentes, bieletas e terminais de direção. Junto a isso, peça a um mecânico que avalie o estado geral da suspensão, bem como a vida útil dos amortecedores. 
- Na versão R/T, um jogo de pneus pode sair facilmente por R$ 4 mil a R$ 5 mil. Logo, se estiverem gastos, pleiteie um bom desconto.

PREÇOS

Um Journey R/T 2013 sai por cerca de R$ 85 mil, conforme a tabela FIPE. Além do motorzão e do bom nível de equipamentos, ele tem a vantagem de normalmente ser bem-cuidado pelo ex-dono. Bom negócio, não?

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